Acontece que Chico fala de temas tão habituais, tão ligados ao dia a dia do homem simples, que ao escutarmos suas músicas sentimo-nos em uma mesa de bar, conversando, face a face, com ele.
Além de suas músicas sobre o amor, capazes de, em qualquer ocasião, narrar os nossos próprios sentimentos, Chico narra, também, o Subúrbio - em especial, o subúrbio do Rio de Janeiro e, claro, essa música não poderia deixar de fazer parte do nosso roteiro -, mostrando que lá também há vida, também há cor, também há inspiração, mesmo nas casas sem cor, mesmo sem figurar no mapa, sem moças douradas.
Buscando essa aproximação com o subúrbio, fizemos um passeio no teleférico do Complexo do Alemão. Inaugurado em 2011, o teleférico faz um trajeto de 3,5 km, levando aproximadamente 15 minutos e liga 5 morros do Complexo à estação de trem. Além de servir para a locomoção da própria população dos morros, o teleférico tem atraído também a atenção dos turistas que querem conhecer as famosas comunidades retratadas em filmes. Agora, Chico, tem turistas, sim.
Crédito: Rafaela Gambarra
Além disso, visitamos outros bairros citados na música. Irajá, Penha, Vigário Geral, Madureira. Detalhes, claro, no livro.
Mais:
Para quem quer conhecer um pouco mais das comunidades cariocas - narradas pela próprias comunidades -, uma boa dica é visitar o site Voz das Comunidades, ou seguir, no twitter, o perfil de Renê Silva (@rene_silva_rj).
Explico: Renê começou, com 11 anos, a escrever um pequeno jornal que circulava dentro da própria comunidade. Em 2010, durante a pacificação do Complexo, tornou-se o correspondente da guerra em tempo real, pelo twitter, alimentando a grande mídia. Hoje, o que antes era apenas um jornalzinho e depois tornou-se uma conta no twitter, transformou-se no site Voz das Comunidades.
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