quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Subúrbio

Francisco Buarque de Hollanda, Chico Buarque de Hollanda ou, simplesmente, Chico. Ouvi, um dia desses, alguém comentando que achava engraçado isso de os seus fãs se sentirem tão próximos dele ao ponto de  chamarem-no simplesmente de Chico. Chico, como Zé. Como João. Como Pedro, o Pedreiro.

Acontece que Chico fala de temas tão habituais, tão ligados ao dia a dia do homem simples, que ao escutarmos suas músicas sentimo-nos em uma mesa de bar, conversando, face a face, com ele.

Além de suas músicas sobre o amor, capazes de, em qualquer ocasião, narrar os nossos próprios sentimentos, Chico narra, também, o Subúrbio - em especial, o subúrbio do Rio de Janeiro e, claro, essa música não poderia deixar de fazer parte do nosso roteiro -, mostrando que lá também há vida, também há cor, também há inspiração, mesmo nas casas sem cor, mesmo sem figurar no mapa, sem moças douradas.

Buscando essa aproximação com o subúrbio, fizemos um passeio no teleférico do Complexo do Alemão. Inaugurado em 2011, o teleférico faz um trajeto de 3,5 km, levando aproximadamente 15 minutos e liga 5 morros do Complexo à estação de trem. Além de servir para a locomoção da própria população dos morros, o teleférico tem atraído também a atenção dos turistas que querem conhecer as famosas comunidades retratadas em filmes. Agora, Chico, tem turistas, sim.

 Crédito: Rafaela Gambarra

Além disso, visitamos outros bairros citados na música. Irajá, Penha, Vigário Geral, Madureira. Detalhes, claro, no livro.


Mais:
Para quem quer conhecer um pouco mais das comunidades cariocas - narradas pela próprias comunidades -, uma boa dica é visitar o site Voz das Comunidades, ou seguir, no twitter, o perfil de Renê Silva (@rene_silva_rj).
Explico: Renê começou, com 11 anos, a escrever um pequeno jornal que circulava dentro da própria comunidade. Em 2010,  durante a pacificação do Complexo, tornou-se o correspondente da guerra em tempo real, pelo twitter, alimentando a grande mídia. Hoje, o que antes era apenas um jornalzinho e depois tornou-se uma conta no twitter, transformou-se no site Voz das Comunidades.


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